Considerando que a epidemia não é apenas um problema médico-sanitário, mas também econômico-político, arrasador da economia, a
melhor solução será a abrangente, global — de Bossolnaro — resguardando, na
medida do possível, os idosos, mas tirando proveito do “ponto fraco” de um
vírus que pouco afeta os jovens — ou não tão jovens — prestando-lhes duplo benefício: a preciosa imunidade
que lhes permitirá trabalhar, doravante, com desenvoltura, mantendo a economia
em quase normal funcionamento e até, talvez, os imunizando contra eventuais vírus futuros que tenham
“algum parentesco” com o coronavírus-19.
O presente artigo representa apenas meu particular ponto de
vista quanto ao isolamento — total ou parcial — da população brasileira. Como
não sou autoridade da saúde, nem cientista de profissão, aconselho o leitor a
decidir — isolando-se ou trabalhando normalmente — segundo o próprio critério.
Ou, na dúvida, agindo conforme a orientação do Ministro da Saúde, um médico
competente, sensato e bem-intencionado.
Ocorre que, mesmo com sua inegável competência, o Ministro pode,
em tese, estar, enganado — nem a medicina nem a economia são ciências exatas. O
engessamento de toda produção pode vir a matar muito mais que a própria
epidemia. Minha opinião é apenas minha, insisto; talvez errada, talvez certa, e
o STF não tem o direito de proibir aos brasileiros o direito de pensar e
escrever o que pensam, desde que se expressem, com bons modos e argumentando
com fatos, deduções e intuições.
Uma minoria silenciosa também pensa como o subscritor — mas
não se atreve a dizer que há exagero na orientação de manter o país em
quarentena, com ruas vazias, comércio e fábricas fechados, o governo “improvisando”
bilhões ou trilhões de reais para manter 90% da população em ociosidade
forçada, mesmo sentido necessidade e energia para trabalhar. E o que é pior: milhares de hipocondríacos apavorados,
querendo “apenas saber” se estão ou não contaminados.
Mesmo não sentindo os
sintomas clássicos de febre ou falta de ar, esses milhares não aguentam a
dúvida. Sentem-se no corredor da morte, e quem paga pelo nervosismo é a
coletividade. Ela consome tempo e/ou dinheiro, inutilmente, com tais exames —
quando o teste dá negativo. Quando o teste dá positivo, ela estimula ou obriga
a ociosidade, mesmo quando o nervoso está com sua capacidade física e mental
preservadas, podendo ser útil a si mesmo e à coletividade.
Considero absurda essa ânsia — em pessoas sem sintomas — quererem
saber se estão ou não contaminados. O governo deveria não atendê-los, não só
por causa da sobrecarga de um trabalho que seria mais útil cuidando dos
realmente contaminados e com sintomas evidentes. Se o cidadão, sem sintomas,
constata que contém o vírus a primeira reação deles é de afastar-se do trabalho
e pedir o dinheiro do governo. A política mais sensata do governo, nesse item,
seria a de fazer o teste apenas quando o
testado fosse trabalhar cuidando de idosos ou pessoas com doenças debilitantes
pré-existentes, que precisam de uma maior proteção. Exceção razoável, talvez —
para um exame preventivo, sem sintomas —, seria com relação a políticos idosos
que relacionam-se a todo momento com inúmeras pessoas que podem estar ou ficar
contaminadas. Isso se o político quiser, por foro íntimo.
Pela rapidez invulgar de contaminação do coronavírus, será
mais prático presumir qu e toda a população brasileira está contaminada mas, por causa, felizmente, da baixa mortalidade
do vírus — comparada com outras epidemias do passado —, só os idosos, as
realmente doentes, de qualquer idade, e os pobres e desempregados receberiam
ajuda do governo. Com a quarentena total, todos os prejudicados com a
paralização precisam de dinheiro. Uma carga pesadíssima e destrutiva causada
pela visão apenas médica do imenso problema.
Tendo em vista que o
vírus é “rápido” na contaminação, mas “fraco” para acamar os jovens e não-velhos
mais resistentes, não há porque estimular ou forçar todo mundo a não trabalhar.
Um médico, por exemplo, contaminado mas sem sintoma, pode trabalhar em casa,
com o computador, ou em um hospital, cuidando da parte administrativa.
Os governadores em reunião recente, alguns deles talvez de
olho na próxima eleição presidencial, estimulam, contra Bolsonaro, o pavor
coletivo de uma população que não tem condições de estudar o assunto e decidir com
juízo próprio.
Se Bolsonaro tivesse,
sessenta dias atrás, determinado uma rígida quarentena, esvaziando as ruas, aqueles
governadores e jornalistas que hoje o atacam teriam dito que ele “comprovou
suas tendências totalitárias, nazistas, querendo transformar o país em um
imenso e original campo de concentração — cada casa uma jaula —, indiferente ao
sofrimento das camadas mais pobres da população, com muitas pessoas morando em
pequenos espaços, com mútuas trocas de eventuais vírus e bactérias. Um caldo
humano para a ‘solução final’ à brasileira. Precisando comer, geladeira vazia —
ou inexistente — alguns membros da família teriam que sair, contaminando ou
sendo contaminado”. Por isso, concluiriam os críticos, “o tirano” Bolsonaro
precisaria renunciar ou ser cassado com um impeachment”. Diriam que “Bolsonaro,
no cargo, destruiu a economia do país”.
Há, provavelmente, uns poucos governadores com dúvida, não
admitida, sobre o que fazer. Isolar quase todo mundo, jovens e velhos ou só os
idosos? Em lugar de se informar mais e decidir com máxima reflexão, optam pela
solução menos pessoalmente arriscada: seguir a maioria dos colegas, com a
quarentena. Se a paralização econômica afundar o país, ele não estará sozinho
no banco dos réus, no futuro julgamento da opinião pública. Confortam a própria
consciência com um argumento: “Será possível que só o Bolsonaro está certo
quando “todo mundo” pensa o contrário”?
A resposta é “sim”, paradoxalmente, mesmo vinda do “irresponsável”
Bolsonaro que, no caso — pelo contrário —, está agindo com corajosa
responsabilidade, apresentando argumentos respeitáveis, visto o problema em seu
conjunto.
Um político que conta com minha simpatia, Ronaldo Caiado,
médico de profissão, incentivador do agronegócio, homem de personalidade e
coragem, pareceu sentir-se ofendidos com o fato de Bolsonaro ter opinião
contrária à da maioria, mundial, em um assunto de médicos. Um médico sabe mais
que o não-médico, não há dúvida, mas o problema em exame é outro, misto, não
apenas médico. Intuições felizes, de leigos, podem ocorrer em questões que
dividem opiniões de pessoas respeitáveis. Só o futuro dirá sobre qual foi a
política mais correta, a “quarentena horizontal ou vertical”?
A natureza desse
vírus não está totalmente clara. Não se sabe se o coronavírus pode sofrer uma
mutação, nos próximos dias, ou meses, conforme o clima e hábitos dos moradores
dos países afetados. Já li opiniões de cientistas dizendo, estranhamente, que o
vírus nem é um “ser” vivo, isso porque ele não se reproduz sozinho, precisa de
um hospedeiro. Se assim for, o espermatozoide também não é um “ser” vivo porque
precisa de um óvulo para gerar um outro ser vivo.
Na história da humanidade já houve inúmeros casos de “todos”
estarem errados e só um estar certo, mesmo não sendo mais inteligente que os
demais. A terra nunca foi plana e muito menos o centro do sistema solar, como
pensava o generalizado “bom senso” dos sábios do século 16. Foi preciso que
Galileu demonstrasse o contrário da unanimidade. Outro caso: navios,
antigamente, eram feitos de madeira. Quando um determinado sujeito externou o
desejo de fazer um navio de ferro todos os “peritos” disseram que isso era
“absurdo”, impossível, porque o navio ficaria muito pesado e afundaria. E mesmo
que não afundasse, o ferro do casco, impediria que a bússola apontasse o Norte,
deixando o navio desorientado quando distante da costa.
Construir estradas de ferro? Nem falar. “Entendidos” diziam
que se um trem corresse a mais de 60 km por hora — ou velocidade parecida — as
pessoas não conseguiriam respirar, morrendo por falta de ar. Para não alongar o
rol de besteirol de “opiniões unânimes”, lembro que antes de Louis Pasteur
“todo mundo”, inclusive de universidades, pensava que ratos nasciam,
“brotavam”, da sujeira, por “geração espontânea”. Às vezes, é preciso que um
suposto “louco”— no caso Bolsonaro —, tenha a coragem de, percebendo o perigo
maior à frente e lance o alerta, sem medo da crítica.
Inegavelmente, o vírus em exame tem uma invulgar rapidez de
propagação. Em “compensação”, sua mortalidade é muito inferior a outras
epidemias do passado, que “não escolhiam” a idade de suas vítimas. Morria todo
mundo, de crianças a macróbios. Essas pandemias não poupavam faixa etária
alguma. A Peste Negra matou 50 milhões; a Cólera, centenas de milhões; a
Tuberculose (300 milhões, entre 1896 e 1980); a Varíola, 300 milhões; a Gripe
Espanhola, 20 milhões; o Tifo, Febre Amarela, Aids, etc., etc.
Os inimigos políticos de Bolsonaro, aos milhares, a todo
momento o acusam e insultam, na mídia, de ser ignorante e grosseiro nos seus
pronunciamentos, como se ele — “só” pelo fato de ser presidente —, não pudesse
ter opinião pessoal em tema tão relevante. Qualquer semi-alfabetizado, hoje, acha-se no direito
democrático de desancar o presidente, mas a qualquer reação defensiva dele, rotulam-no
de ditador, tosco e ignorante. Pelo
visto todos os seus inimigos seriam infalíveis, sábios e santos.
Defendo-o, aqui, confessando que votei nele como única
forma, naquele momento, de derrotar o petismo. Com todas as suas deficiências
de comunicação, “curto e grosso”, é, no fundo, um homem honesto e direto. Está
errado em muita coisa, principalmente na política externa e na excessiva liberdade
concedida aos filhos. Claro que nunca foi dado a leituras. Mas tanto acerta quanto
erra, pensando que acerta. Porém, como não é burro, o exercício do cargo com o
tempo o polirá um pouco nas maneiras e nas palavras. Deixem-no terminar seu
mandato. Afinal, ele tem uma coragem, mesmo rude, que falta a muitos de seus
inimigos. Quem, igual a ele, tem a coragem, hoje, de discordar do “mundo”?
PARO POR AQUI PORQUE É
CONTRAPRODUCENTE TEXTOS LONGOS DEMAIS NA INTERNET. CONTINUAREI ARGUMENTANDO
DENTRO DE DOIS OU TRÊS DIAS. EM CERTOS ASSUNTOS, SER SINTÉTICO DEMAIS NA
ARGUMENTAÇÃO TORNA-A MENOS CONVINCENTE. AGUARDEM.
(03/04/2020)
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