quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

VERDADES QUE MELINDRAM

 


Este livro é uma coletânea de cerca de 80 ensaios e artigos que publiquei, até 2012, no blog www.francepiro.blogspot.com —, além de no meu site www.500toques.com.br . Relendo-os agora, em dezembro de 2021, percebi que sua fundamentação continua de pé, mostrando que o ser humano evolui muito lentamente ou até mesmo regride. 

“Por que “verdades”, e não outra coisa? Porque a verdade, com todas as suas “desvantagens” econômicas, é a principal ferramenta de construção de um mundo melhor. Nada de realmente grande pode ser construído sobre mentiras. Imagine-se uma família ou empresa em que todos estejam constantemente mentindo entre si. No entanto é assim a política internacional. 

“Os temas que compõem o livro são, na maior parte, sobre Política Internacional e Justiça. Principalmente a brasileira, vista sob um largo enfoque, evitando, ao máximo, o jargão jurídico. Os argumentos mostram alguns pontos fracos da nossa legislação. Embora magistrado aposentado, meu respeito pela aplicação da ciência do direito é relativo. Primeiro, porque nem sempre as leis são concebidas e redigidas visando apenas o bem comum e a honestidade. Segundo, porque nem sempre os magistrados estão isentos de paixões políticas. E na minha particular opinião todo juiz, ao decidir uma causa deve tentar ao máximo, pessoalmente, evitar cometer uma injustiça, em afronta à verdade e ao mais elementar bom senso. Não deve ficar impassível, com cara de paisagem, quando percebe que a parte que moralmente tem razão mas está muito mal defendida, porque omissa, ou intimidada. Nesses casos, o juiz  deve requisitar provas, reinquirir partes ou testemunhas, quando percebe que o processo se tornou apenas um “teatro”, atuando como um inocente manobrável.  O grande juiz deve sempre optar pela verdade real, não apenas formal. Nesse ponto, vale mais que o mais veloz computador. 

“Quanto à Política Internacional, todos os ensaios envolvem polêmica. Basta resumir, aqui, alguns dos temas versados: a morte de Sadam Hussein; morte de Kadafi; o caso Cesare Battisti; uma certa anarquia jurídica internacional; Wikileaks; Barack Obama; Ban Ki-Moon; Netanyahu; o Conselho de Segurança da ONU funcionando como uma Câmara de Comércio; a “Frota da Liberdade”; a “bomba iraniana”; os hackers; as vantagens e desvantagens do capitalismo; o conflito Israel versus Palestinos + Irã; o governo mundial e dezenas de outros assuntos, escritos quando a política fermentava. 

Um tema recorrente — embora mencionado “en passant” — em meus artigos é a conveniência de um “Governo Mundial”, em que todos os Estados cedam parte da soberania em favor de um ente superior, escolhido livremente por todos os países. Esse ente superior teria o monopólio do uso da força, o que evitaria todas as guerras, atômicas e convencionais, preventivas ou em curso. Assim como a federação brasileira torna desnecessário a seus estados manter forças armadas próprias — o que representa imensa economia para cada unidade da federação —, é irracional o sistema atual de “obrigar” quase duzentos países, inscritos na ONU, e gastar quantidades incríveis de dinheiro só para defesa contra eventuais agressões externas. 

O uso e abuso da soberania já se tornou tão rotineiro que formou uma espécie de calo mental, bloqueador de qualquer reflexão que reexamine os perigos da atual soberania sem limites, cada país “decidindo” conforme o capricho do governante do dia. Cumpre lembrar que há governantes de pouco juízo. Houvesse um governo mundial, algumas décadas atrás, o Oriente Médio estaria há muito pacificado, não teria ocorrido o 11 de  Setembro e não teríamos a indústria armamentista em mãos particulares, fomentadoras de guerras, ou desconfianças. Sem constantes encomendas de armas a indústria bélica vai à falência. O assunto é longo e pretendo, em um livro específico, expor todos os argumentos em favor de um governo mundial. A rejeição imediata dessa ideia me parece muito mais um preconceito, com fundamentos superficiais, do que fruto de madura reflexão. Se a União Europeia — tubo de ensaio do governo mundial — está hoje com problemas, isso é consequência da “soberania financeira”, cada país gastando sem um controle central. Parece que agora eles acordaram. 

"Todos os artigos constantes desta edição on-line foram publicados, anteriormente, na edição impressa de 2012 — apenas visando presentear amigos, sem promoção — mas, agora relidos, verifiquei que todas as minhas observações, considerações, e opiniões continuam atualíssimas. Assim como certos livros, escritos séculos atrás, continuam sendo republicados, presumo que o mesmo aconteça com o primeiro volume da série "Verdades que melindram" — são três volumes.

Se você leitor, ou leitora, quiser ler o livro on-line gratuitamente, basta nos enviar um e.mail para: lz12comunicacao@lz12.com.br - Que enviaremos como presente de Natal um exemplar em PDF do livro VERDADES QUE MELINDRAM

 BOAS FESTAS 

 

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