Foto divulgação
“Qual a confiança que os grandes jornais brasileiros merecem quando o assunto envolve política? Nenhuma. A desinformação, ou distorção, está diariamente presente nas manchetes. Veja-se, por exemplo, a notícia “seca” de que o Presidente Bolsonaro “recusou a ajuda humanitária” do presidente argentino às vítimas das enchentes na Bahia. Essa “recusa” foi só para indispor a população contra Bolsonaro. Leia-se o que disse hoje o embaixador argentino no Brasil, Daniel Scioli, no “Estadão”: “O governo simplesmente agradeceu e disse que, caso fosse necessário, aceitaria a oferta. Sinto, como um homem com experiência política, que estão distorcendo e interpretando mal a resposta dada pelo governo brasileiro à nossa ajuda”. E qual seria essa ajuda, segundo informação de Bolsonaro? A de enviar “dez homens” — “capacetes brancos” — que atuam em operações desse tipo. O Estadão publicou a mensagem do embaixador argentino porque se não o fizesse, o embaixador protestaria, na mídia, e essa recusa do jornal comprovaria sua tendência de distorcer notícias. Não sei se os “dez homens”, mencionados por Bolsonaro, foi apenas uma forma de dizer. Mesmo se fosse mais de dez, mas poucos, Bolsonaro tinha direito de somente agradecer a oferta mas dispensá-la no momento, como fez. Se aceitasse, a mídia diria: “O incompetente governo federal pede socorro à Argentina porque não sabe como ajudar a Bahía”. Bolsonaro tem seus defeitos mas a grande imprensa também tem os seus. Os dois se equivalem”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário