terça-feira, 24 de novembro de 2020

Marte é hoje o que será a Terra, amanhã.



Resumindo o presente artigo: Marte é, tudo indica, o túmulo de uma avançada civilização, soterrada na poeira de milhões de séculos.

Tolice — com o devido respeito —, essa miúda preocupação com a existência, ou não, de água salgada, ou doce, na superfície, ou abaixo dela, em Marte; com a existência de vestígios de seres microscópios, vírus e bactérias; com o metano substituindo o oxigênio; com a existência de água em estado líquido e com possibilidade, ou não, de abrigar terráqueos futuramente.

Com tantas terras desocupadas no nosso planeta, não passa de infantil ficção científica as atuais especulações sobre migrações de terráqueos para viverem em Marte. Tais preocupações poderão, talvez, ter sentido daqui muitos milênios. O que precisamos, agora, isto sim, é cuidar do nosso planeta em termos de desflorestamento, redução da camada de ozônio e da poluição, partilha racional da água doce, e uma inteligente e não agressiva contenção no crescimento desordenado da população, gerando pobreza e migrações em massa, com sofrimentos de toda ordem, tanto na saída quanto na chegada dos fugitivos a outros países.    

Se o Planeta Vermelho, eventualmente — como já disse —, conseguiu, com avançada tecnologia, sobreviver, no ambiente hostil, frio e sem oxigênio, isso ocorreu reduzindo tremendamente sua população, vivendo abaixo do solo, o que explicaria a existência de discos voadores — caso ficar comprovado que eles existam.      Pessoalmente, acho que existem, embora não tenha avistado nenhum. E, se existem — progredindo na dedução —, seria bem lógico, normal, que eles estivessem nos observando como futuro habitat, uma maravilha se comparado com o gelado e hostil Marte.

Nunca fui muito interessado em discos voadores mas quando leio alguma coisa sobre eles impressiona-me a constante indagação dos que afirmam a sua existência: — Por que esses tripulantes dos discos só nos espiam, evitando um contato? Qual o interesse deles? Planejam alguma coisa má?

Paro por aqui, no item flying saucers, porque o foco do presente texto é sugerir — com desculpa pelas repetições — que Marte, quando menos gelado, com clima semelhante ao nosso, hoje, teve tempo para crescimento de uma civilização que, ou se extinguiu por completo — deixando suas ruínas cobertas por toneladas de poeira —, ou conseguiu, com muito esforço, sobreviver com reduzida população, vivendo no subsolo, aquecido com a perigosa tecnologia nuclear, mas ambicionando, talvez, colonizar seu planeta mais próximo, no caso, a Terra. 

Obviamente, prefiro que minha hipótese não esteja certa porque já temos confusão demais em nosso planeta, liderado por burros ou espertíssimos governantes, de todos os calibres, que não conseguem, sequer — mesmo com uma ONU — impedir que verdadeiros jumentos, escudados em ilimitada “soberania”, façam o que lhes dá na veneta.

As presentes considerações vieram-me à cabeça com a notícia de que o módulo espacial InSight, da Nasa, pousou anteontem (26/11/2018), com sucesso, na superfície de Marte, pretendendo estudar o interior do planeta.

Arrisco, sem medo do ridículo, acreditar que Marte, hoje, corresponde à Terra no distante futuro, vítima, a Terra, de suas loucuras ambientais e possível guerra nuclear, desencadeada por mero acidente. A estratégia nuclear de “resposta imediata” — contra-atacar antes de verificar se o primeiro ataque não foi acidental — em um planeta, o nosso, cada vez mais recheado de armas nucleares, é convite para o caos.

As considerações, acima e abaixo, neste texto, partem da presunção, que só pode ser correta, de que o nosso Sol era, em “seu início”, bem mais volumoso e quente. Como o combustível dessa gigantesca bola de fogo foi progressivamente se esgotando, sem reposição, houve em um longo período, no passado, em que a Terra era quente demais, inabitável, porém Marte — mais distante do Sol —, tinha uma temperatura agradável, como a Terra, hoje.

Astrônomos afirmam que a cada segundo mais de 4 milhões de toneladas de matéria solar são convertidas em energia. Isso significa um constante esfriamento do “forno”. Um dia, o sol se extinguirá — afirmação unânime da Astronomia —, por esgotamento, após um súbito crescimento que queimará nosso planeta. Será o “canto do cisne” da nossa estrela.

Repetindo, o Sol no seu início era mais quente que agora. Tão quente que nosso planeta não podia hospedar a vida. Marte, porém, naquela época, podia florescer em crescente civilização, porque mais distante do sol. Depois dessa longa fase, com o sol se esfriando progressivamente, a Terra se tornou habitável e Marte, mais distanciado do sol, tornou-se frio demais, só podendo, talvez, e dificilmente, abrigar uma vida subterrânea de seres inteligentes com um altíssimo nível de tecnologia.

Não tenho a menor dúvida de que a vida brota em todo corpo celeste com tamanho suficiente para sua longa duração, desde que receba luz, calor adequado e contenha água. Isso aconteceu com Marte, antes de a Terra, quente demais, não possibilitar a vida. Marte e Terra são como que planetas irmãos, só que Marte nasceu primeiro. Quando a Terra ainda era habitada por dinossauros, ou nem isso, Marte talvez fosse uma espécie de Idade Média terrestre.

Como todos os seres vivos — todos, sem exceção — nascem com duas tendências que sempre me impressionaram pela constância — o instinto de auto conservação e de propagação — isto é, comida e sexo —, os “bichos” marcianos também evoluíram lentamente de bactérias até seres inteligentes, semelhantes a humanos. De mutação em mutação — por acidente genético e também por pressão do ambiente hostil — os marcianos inventaram a escrita, descobriram as matemáticas e chegaram ao conhecimento profundo da matéria.

Parece-me lógico concluir que em Marte também tenha surgido um Albert Einstein, ou teórico de igual nível. Pensando, pensando e pensando, o “Einstein marciano”, igualmente cismado, cavando nas suas especulações, acabou esbarrando no mistério das partículas quase invisíveis da matéria, só enxergáveis com microscópio eletrônico. Enquanto isso, na Terra, sequer sabíamos, que nosso órgão pensante era o cérebro e não o coração, ou fígado.

Sendo o marciano um animal inteligente, tal como o homem, os dois impulsos primordiais, acima referidos — auto preservação e propagação da espécie — com o constante estímulo de luta pela supremacia, “governos” marcianos devem ter entrado em conflito global que acabou destruindo a vegetação e o meio ambiente. Lembremo-nos que nosso oxigênio origina-se das plantas. Sem estas, vida somente elementar e rara.

                 Finalizando, futuras escavações ou prospecções, em Marte, se encontrarem alguma coisa “interessante”, não será apenas água, ou extintas formas primárias de vida microbiana. Encontrarão é construções de cimento, ou material equivalente, soterradas. Vestígios de extinta civilização, ou — mais dificilmente —, provas de uma atual e diminuta “civilização subterrânea”, inteligente e talvez pacífica porque avançada demais.

                 Acredito que quanto mais avançada for qualquer civilização, mais compreensiva e ética ela se torna, o que explicaria a não-tentativa, até agora, dos eventuais marcianos, de dominar a terra, tirando proveito de seu maior avanço tecnológico. Se eles foram capazes de construir discos voadores, isso será prova de sua superioridade, demonstrada na aeronáutica.

                Não me venham com o argumento de que nem sempre o avanço tecnológico ou científico tende para bem porque a ciência nazista era extremamente cruel. Na verdade a “ciência nazista” não passava de asneira demagógica buscando prestigiar o regime com uma fantasiosa aura científica.

               Aguardemos as prospecções em Marte.

               (28/11/2018) 

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