Resumindo o
presente artigo: Marte é, tudo indica, o túmulo de uma avançada civilização,
soterrada na poeira de milhões de séculos.
Tolice — com o
devido respeito —, essa miúda preocupação com a existência, ou não, de água salgada,
ou doce, na superfície, ou abaixo dela, em Marte; com a existência de vestígios
de seres microscópios, vírus e bactérias; com o metano substituindo o oxigênio;
com a existência de água em estado líquido e com possibilidade, ou não, de abrigar
terráqueos futuramente.
Com tantas terras
desocupadas no nosso planeta, não passa de infantil ficção científica as atuais
especulações sobre migrações de terráqueos para viverem em Marte. Tais
preocupações poderão, talvez, ter sentido daqui muitos milênios. O que
precisamos, agora, isto sim, é cuidar do nosso planeta em termos de
desflorestamento, redução da camada de ozônio e da poluição, partilha racional
da água doce, e uma inteligente e não agressiva contenção no crescimento
desordenado da população, gerando pobreza e migrações em massa, com sofrimentos
de toda ordem, tanto na saída quanto na chegada dos fugitivos a outros países.
Se o Planeta
Vermelho, eventualmente — como já disse —, conseguiu, com avançada tecnologia, sobreviver,
no ambiente hostil, frio e sem oxigênio, isso ocorreu reduzindo tremendamente
sua população, vivendo abaixo do solo, o que explicaria a existência de discos
voadores — caso ficar comprovado que eles existam. Pessoalmente,
acho que existem, embora não tenha avistado nenhum. E, se existem — progredindo
na dedução —, seria bem lógico, normal, que eles estivessem nos observando como
futuro habitat, uma maravilha se comparado com o gelado e hostil Marte.
Nunca fui muito
interessado em discos voadores mas quando leio alguma coisa sobre eles
impressiona-me a constante indagação dos que afirmam a sua existência: — Por
que esses tripulantes dos discos só nos espiam, evitando um contato? Qual o
interesse deles? Planejam alguma coisa má?
Paro por aqui, no
item flying saucers, porque o foco do
presente texto é sugerir — com desculpa pelas repetições — que Marte, quando
menos gelado, com clima semelhante ao nosso, hoje, teve tempo para crescimento
de uma civilização que, ou se extinguiu por completo — deixando suas
ruínas cobertas por toneladas de poeira —, ou conseguiu, com muito esforço,
sobreviver com reduzida população, vivendo no subsolo, aquecido com a perigosa tecnologia
nuclear, mas ambicionando, talvez, colonizar seu planeta mais próximo, no caso,
a Terra.
Obviamente, prefiro
que minha hipótese não esteja certa porque já temos confusão demais em nosso
planeta, liderado por burros ou espertíssimos governantes, de todos os calibres,
que não conseguem, sequer — mesmo com uma ONU — impedir que verdadeiros
jumentos, escudados em ilimitada “soberania”, façam o que lhes dá na veneta.
As presentes considerações
vieram-me à cabeça com a notícia de que o módulo espacial InSight, da Nasa,
pousou anteontem (26/11/2018), com sucesso, na superfície de Marte, pretendendo
estudar o interior do planeta.
Arrisco, sem medo
do ridículo, acreditar que Marte, hoje, corresponde à Terra no distante futuro,
vítima, a Terra, de suas loucuras ambientais e possível guerra nuclear,
desencadeada por mero acidente. A estratégia nuclear de “resposta imediata” —
contra-atacar antes de verificar se o primeiro ataque não foi acidental — em um
planeta, o nosso, cada vez mais recheado de armas nucleares, é convite para o
caos.
As considerações,
acima e abaixo, neste texto, partem da presunção, que só pode ser correta, de
que o nosso Sol era, em “seu início”, bem mais volumoso e quente. Como o
combustível dessa gigantesca bola de fogo foi progressivamente se esgotando,
sem reposição, houve em um longo período, no passado, em que a Terra era quente
demais, inabitável, porém Marte — mais distante do Sol —, tinha uma temperatura
agradável, como a Terra, hoje.
Astrônomos afirmam
que a cada segundo mais de 4 milhões de toneladas de matéria solar são
convertidas em energia. Isso significa um constante esfriamento do “forno”. Um
dia, o sol se extinguirá — afirmação unânime da Astronomia —, por esgotamento,
após um súbito crescimento que queimará nosso planeta. Será o “canto do cisne”
da nossa estrela.
Repetindo, o Sol
no seu início era mais quente que agora. Tão quente que nosso planeta não podia
hospedar a vida. Marte, porém, naquela época, podia florescer em crescente
civilização, porque mais distante do sol. Depois dessa longa fase, com o sol se
esfriando progressivamente, a Terra se tornou habitável e Marte, mais
distanciado do sol, tornou-se frio demais, só podendo, talvez, e dificilmente,
abrigar uma vida subterrânea de seres inteligentes com um altíssimo nível de
tecnologia.
Não tenho a menor
dúvida de que a vida brota em todo corpo celeste com tamanho suficiente para sua
longa duração, desde que receba luz, calor adequado e contenha água. Isso
aconteceu com Marte, antes de a Terra, quente demais, não possibilitar a vida.
Marte e Terra são como que planetas irmãos, só que Marte nasceu primeiro. Quando
a Terra ainda era habitada por dinossauros, ou nem isso, Marte talvez fosse uma
espécie de Idade Média terrestre.
Como todos os
seres vivos — todos, sem exceção — nascem com duas tendências que sempre me
impressionaram pela constância — o instinto de auto conservação e de propagação
— isto é, comida e sexo —, os “bichos” marcianos também evoluíram lentamente de
bactérias até seres inteligentes, semelhantes a humanos. De mutação em mutação
— por acidente genético e também por pressão do ambiente hostil — os marcianos
inventaram a escrita, descobriram as matemáticas e chegaram ao conhecimento
profundo da matéria.
Parece-me lógico
concluir que em Marte também tenha surgido um Albert Einstein, ou teórico de
igual nível. Pensando, pensando e pensando, o “Einstein marciano”, igualmente
cismado, cavando nas suas especulações, acabou esbarrando no mistério das
partículas quase invisíveis da matéria, só enxergáveis com microscópio
eletrônico. Enquanto isso, na Terra, sequer sabíamos, que nosso órgão pensante
era o cérebro e não o coração, ou fígado.
Sendo o marciano
um animal inteligente, tal como o homem, os dois impulsos primordiais, acima
referidos — auto preservação e propagação da espécie — com o constante estímulo
de luta pela supremacia, “governos” marcianos devem ter entrado em conflito global
que acabou destruindo a vegetação e o meio ambiente. Lembremo-nos que nosso
oxigênio origina-se das plantas. Sem estas, vida somente elementar e rara.
Finalizando, futuras
escavações ou prospecções, em Marte, se encontrarem alguma coisa
“interessante”, não será apenas água, ou extintas formas primárias de vida
microbiana. Encontrarão é construções de cimento, ou material equivalente,
soterradas. Vestígios de extinta civilização, ou — mais dificilmente —, provas
de uma atual e diminuta “civilização subterrânea”, inteligente e talvez pacífica
porque avançada demais.
Acredito que quanto mais avançada for qualquer
civilização, mais compreensiva e ética ela se torna, o que explicaria a não-tentativa,
até agora, dos eventuais marcianos, de dominar a terra, tirando proveito de seu
maior avanço tecnológico. Se eles foram capazes de construir discos voadores,
isso será prova de sua superioridade, demonstrada na aeronáutica.
Não me venham com o argumento
de que nem sempre o avanço tecnológico ou científico tende para bem porque a
ciência nazista era extremamente cruel. Na verdade a “ciência nazista” não
passava de asneira demagógica buscando prestigiar o regime com uma fantasiosa
aura científica.
Aguardemos as prospecções em
Marte.
(28/11/2018)
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