terça-feira, 22 de novembro de 2022

A CIGARRA E A FORMIGA

Foto divulgação


Todos conhecem a fábula de La Fontaine, louvando o trabalho honesto e anecessidade de economizar. Consequentemente, tudo o que se opõe ao comportamento acima só pode resultar em arrependimento e miséria. Precisando de dois insetos para ilustrar sua tese, o fabulista francês escolheu uma formiga — infatigável trabalhadora — e uma cigarra, que não trabalha e passa a vida cantando.

Na fábula (atualizada), a formiga aconselha a cigarra: —“Amiga cigarra, falo para o seu bem. Arranje um trabalho honesto, pense no futuro... “

— Pode parar! Conheço essa ladainha! Desculpe, mas estou atrasada para um show em que vou cantar e rebolar usando apenas um fio dental transparente. Já imaginou o “tchan’ dos ‘cigarrões’? Vão babar...”. Dizendo isso voou e a formiga, balançando tristemente a cabeça, continuou varrendo a calçada.

Longo tempo depois um Mercedes preto estaciona em frente. O chofer particular, solícito, abre a porta dela sai a mesma cigarra cheia de joias, saia curtíssima. Dirige-se à formiga sorrindo: — Querida, não me reconhece?

— Quanto luxo! — responde a formiga, atônita.

— Nem tanto. Saí às pressas porque estou atrasada no meu voo a Paris. Tenho uns contratos milionários a cumprir. Sinceramente, foi um prazer vê-la. A imagem comovente da modéstia, sempre manejando a honesta vassourinha. Tchau”.

— Espere... Já que você vai a Paris, procure lá um tal de La Fontaine e diga a ele que o mandei à p. que o pariu!”

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