quarta-feira, 30 de março de 2022

Bolsonaro, fazendo isso, poderá ser reeleito.

 


Foto divulgação .

— “Isso o quê? Perguntarão.  Digo: permitir — pelas vias legais —, que as pessoas que recebem Bolsa Família e/ou Auxílio Brasil, possam continuar recebendo tais benefícios mesmo que consigam trabalho com carteira assinada.

A atual sistemática legal tem muitos inconvenientes: desestimula o necessitado a procurar um emprego porque, conseguindo-o, perde um ganho certo, governamental. Prudentemente, não trocará o certo pelo duvidoso. Seu patrão também vive rodeado de incertezas. Milhares de empresas fecharam suas portas por causa da pandemia, e a situação mundial ainda é vacilante.  Novamente desempregado, o trabalhador teria que pleitear novamente a ajuda governamental, sem a certeza da sua concessão com urgência. Há em tudo uma burocracia. Um incentivo à ociosidade. Para não morrer de fome, terá que ou mendigar, ou ingressar na criminalidade ou na prostituição.

Outro inconveniente, agora político, da atual legislação: o pobre, vivendo somente com as modestas quantias das “bolsas” torna-se completamente dependente do governo de plantão. para poder viver, juntamente com sua família. Torna-se eleitor forçado, porque sem dinheiro ninguém vive. Quem sabe — pensa o infeliz —, mudando o governo na próxima eleição, o sucessor não manterá o auxílio, ou diminuirá a quantia mensal.

Acredito que a maioria das pessoas que recebem o Auxílio Brasil gostariam de poder melhorar de vida, trabalhando de fronte erguida, sem medo, como se fosse um infrator, um criminoso “proibido de trabalhar”. Somando os dois ganhos — o auxílio e o salário — poderiam ingressar mais depressa na classe média. Estudando e trabalhando sem medo, na legalidade. Em troca, o governo federal, a cada dois anos, revisaria a necessidade, ou não, de manter, diminuir ou aumentar o valor do auxílio, conforme a situação econômica do país. O leitor pode confiar que a soma do trabalho honesto mais o auxílio governamental não vai enriquecer ninguém. São quantias insignificantes, mesmo somadas.

Espero que esta sugestão chegue aos ouvidos do atual governo federal.

(30/03/2022)

 

   

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